sábado, 11 de dezembro de 2021

Mapa de distribuição geográfica das equipes brasileiras vencedoras de Libertadores

Estou postando no blog, os mapas de distribuição geográfica das equipes brasileiras que venceram a Libertadores da América.

No último dia 27 de novembro, houve a decisão da Libertadores de 2021, entre Palmeiras x Flamengo. A decisão foi disputada, no Estádio Centenário, na cidade de Montevideo, capital do Uruguai.

Foi a 5ª vez que a final de uma edição de Libertadores, foram entre equipes de um mesmo país. Das 5 vezes em que a final foi caseira, quatro foram entre equipes brasileiras (São Paulo x Athletico Paranaense, em 2005; Internacional x São Paulo, em 2006; e Palmeiras x Santos, em 2020) e uma foi entre equipes argentinas (River Plate x Boca Juniors, em 2018).

E com mais uma final caseira, o Brasil ganhou a sua 21ª libertadores, assim, diminuiu a distância do número de conquistas do futebol argentino, que são de 25 títulos, e com isso, mantiveram a hegemonia em conquistas de Libertadores.

Na decisão, o Palmeiras venceu o Flamengo, por 2x1, na prorrogação, com gols de Raphael Veiga e Deyverson, e o Gabriel Barbosa (conhecido como Gabigol), fez o gol do Flamengo. E com isso, o Palmeiras se tornou tricampeão de Libertadores, igualando as equipes do São Paulo, do Santos e do Grêmio, além do Nacional (Uruguai) e do Olímpia (Paraguai), todos com 3 conquistas de Libertadores. Na imagem abaixo, os mapas de distribuição geográfica das equipes campeãs de Libertadores.






O Palmeiras quebrou um tabu que durava 20 anos, de ser mais uma equipe a conquistar um bicampeonato consecutivo, se igualando as equipes do Peñarol-URU (1960 e 1961), Santos-BRA (1962 e 1963), Independiente-ARG (1964 e 1965), Boca Juniors-ARG (1977-1978 e 2000-2001) e São Paulo-BRA (1992 e 1993). E assim, o Palmeiras entrou em um grupo seleto das equipes bicampeãs consecutivas.

Com a perda do título, a equipe do Flamengo amargou o seu primeiro vice-campeonato da competição, algo que não havia ocorrido anteriormente. Caso a equipe tivesse levado a conquista, seria a primeira equipe brasileira a ganhar um tricampeonato, com 100% de aproveitamento em finais de Libertadores. Na imagem abaixo, a tabela com a relação das equipes brasileiras campeãs de Libertadores.



Com a conquista do Palmeiras, o futebol brasileiro consolidou a hegemonia recente em conquistas de Libertadores, pois entre 2010 e 2021, o Brasil levou 8 títulos de Libertadores, e com isso manteve o recente domínio em conquistas de Libertadores. No mesmo ano, o futebol brasileiro levou a Copa Sul-Americana, quando a equipe do Athletico Paranaense venceu a equipe do Red Bull Bragantino, por 1x0. E assim, o futebol do Brasil esteve presente nas duas principais competições da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), o que ocorreu pela primeira vez, desde quando a Copa Sul-americana passou a ser disputada, onde um mesmo país, teve duas equipes nas decisões dos dois principais torneios do futebol sul-americano.

Na imagem abaixo, as referencias bibliográficas do trabalho.



quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Mapa de distribuição geográfica das equipes brasileiras que foram finalistas de Libertadores

 Estou postando no Blog, mapas de distribuição geográfica das equipes brasileiras, que já disputaram decisões de Libertadores da América.

Nessa página, será publicada, um histórico das equipes brasileiras, que já jogaram a decisão de Libertadores.

A primeira edição da Libertadores, ocorreu no ano de 1960 e o torneio recebeu esse nome, em homenagem aos nomes dos heróis da independência dos países Sul-americanos, como Dom Pedro I, Simón Bolívar, José de San Martin, Bernardo O'Higgins, Antonio José de Sucre, entre outros [1] [2].

Embora o Bahia tivesse sido o primeiro representante do futebol brasileiro, no ano de 1960, o Palmeiras foi a primeira equipe brasileira a disputar uma decisão de Libertadores, no ano de 1961. Porém, o time perdeu a decisão para o Peñarol-URU, que era o atual campeão naquele tempo.

Em 1962, o time do Santos FC, se tornou a primeira equipe brasileira a ganhar a Taça Libertadores, ao derrotar a equipe do Peñarol na decisão do torneio. A agremiação acabou faturando novamente o torneio em 1963, ao derrotar o time do Boca Juniors-ARG.

Fazendo esse breve histórico do primeira equipe brasileira finalista e do primeiro time brasileiro campeão de Libertadores, falaremos dos times brasileiros que já decidiram a libertadores.

O Brasil já teve 13 equipes disputando o título. Com isso, as equipes brasileiras estiveram na final, por 38 vezes, e assim, os times tupiniquins levaram a Libertadores por 20 vezes, sendo que a final de 2021 será a 21ª conquista de uma equipe brasileira, pois a final será entre Palmeiras x Flamengo. E assim, o futebol brasileiro acabará diminuindo a vantagem em relação ao futebol argentino, que é o maior vencedor do torneio, com 25 conquistas.  As imagens abaixo, mostram os mapas de localização das equipes que já foram finalistas de Libertadores.







Dessas 13 equipes, 10 conquistaram o título: São Paulo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Internacional, Palmeiras, Flamengo, Vasco, Corinthians e Atlético-MG. As outras três equipes, foram somente vice-campeãs: São Caetano, Athletico-PR e Fluminense.

Em 2021, o Brasil levará mais uma conquista de Libertadores, pois Palmeiras e Flamengo, decidirão o torneio de forma inédita, pois nunca havia tido um confronto entre eles numa final do principal torneio sul-americano.

Tanto o Palmeiras como o Flamengo, tem ganhado títulos importantes nos últimos 10 anos e devido ao protagonismo de ambas as equipes nas conquistas, o duelo passou a ter uma grande expectativa, para que a decisão possa ser uma boa partida, independentemente de quem sairá vencedor do torneio.

O Palmeiras faturou as conquistas da Copa do Brasil, nos anos de 2012, 2015 e 2020; o Paulista em 2020; o Brasileiro, nos anos de 2016 e 2018, e a Libertadores de 2020. Além das conquistas, o Palmeiras foi finalista do Paulista em 2015, 2018 e 2021; foi vice-campeão brasileiro em 2017 e terceiro colocado na edição de 2019, além dos vice-campeonatos da Recopa Sul Americana de 2021 e da Supercopa do Brasil, no mesmo ano, além da 4ª colocação no Mundial de Clubes da FIFA, em 2020.

O Flamengo conquistou a Copa do Brasil em 2013; os Cariocas de 2011, 2014, 2017, 2019, 2020 e 2021; os Brasileiros de 2019 e 2020; a Libertadores de 2019; a Recopa Sul Americana de 2020; e a Supercopa do Brasil de 2020 e 2021. A equipe carioca foi vice-campeã do Mundial de Clubes FIFA de 2019; vice-campeão brasileiro em 2018 e terceiro colocado, na edição de 2016.

Ambas as equipes são bicampeãs da Libertadores e quem levar o confronto, se tornará tricampeão do torneio, assim, se igualando a São Paulo, Santos e Grêmio, que são as agremiações que levantaram o torneio por três vezes. Na tabela abaixo, a relação das equipes finalistas do torneio.


Com isso, Palmeiras e Flamengo, estarão mais uma vez, em uma decisão de Libertadores. O Palmeiras está indo para a final, pela sexta vez (igualando o recorde do São Paulo FC). Com isso, a equipe poderá se tornar tricampeã e equilibrar o número de conquistas e de vice-campeonatos, que são três. Porém, o Flamengo estará jogando a decisão pela terceira vez, e se ganhar, poderá manter o aproveitamento de 100% nas decisões de Libertadores e poderá ser a única equipe a ganhar o tricampeonato, sem ter perdido uma decisão.

Será a quinta vez que a Libertadores terá uma final caseira, sendo a quarta vez, que o certame será decidido por times brasileiros. A primeira final caseira foi em 2005, quando o São Paulo venceu o Athletico Paranaense; a segunda decisão envolvendo times do mesmo país, foi em 2006, quando o Internacional venceu o São Paulo, que havia vencido a edição anterior do certame; em 2018, a final foi argentina, onde as equipes do Boca Juniors e do River Plate se enfrentaram, sendo a primeira vez que a decisão envolveu times de uma mesma cidade, que no caso, foi Buenos Aires. Na decisão, o River Plate venceu o seu maior rival, sendo que nessa edição, foi a ultima vez, que a final foi disputada em ida e volta, pois a partir de 2019, as finais da Libertadores passaram a ser em jogo único e em um campo neutro, que já é definido antes da final. E em 2020, o Palmeiras venceu a equipe do Santos (primeira decisão envolvendo times do mesmo estado), no Maracanã, local que sediou a decisão do ano passado (realizada em janeiro de 2021, devido ao cenário da pandemia da Covid-19). 

A decisão deste ano, acontecerá em Montevideo, capital do Uruguai, no Estádio Centenário, que é um local bastante conhecido, por ter sediado a primeira final de uma Copa do Mundo, que ocorreu no Uruguai, onde a seleção uruguaia bateu os argentinos na decisão

A edição de 2021 entrou para a história do torneio, pois será a primeira vez que os dois últimos campões da competição sul-americana, decidirão o campeonato. Caso o Palmeiras leve o torneio, a equipe pode igualar o Peñarol-URU (1960 e 1961), Santos (1962 e 1963), Independiente-ARG (1964 e 1965), Boca Juniors (1977-1978 e 2000-2001) e São Paulo (1992 e 1993), que conseguiram o feito de conquistar o torneio por duas vezes consecutivas. O recordista de conquistas consecutivas de Libertadores, é o Independiente-ARG, que levou o torneio por quatro vezes consecutivas (1972, 1973, 1974 e 1975).

A edição deste ano já tinha entrado para a história, pelo fato do futebol brasileiro ter batido o recorde de quantidade de semifinalistas de Libertadores, em uma única edição. O Brasil teve 3 representantes nas semifinais, que foram o Flamengo, o Palmeiras e o Atlético-MG. Essa façanha, mostra que o futebol brasileiro está em ascensão e o que chama atenção é que essas três agremiações, são as que mais investiram em montagem de elenco e foram consideradas as favoritas ao título.

O futebol brasileiro decidiu em 2021, o título da Copa Sul-americana, o que foi um feito inédito, pois até então, nenhum pais sul-americano havia tido uma final caseira nos dois principais torneios. Na Sul-americana, a decisão foi entre o Athletico Paranaense e o Red Bull Bragantino, em Montevideo, e no mesmo local em que ocorrerá a final da Libertadores. Na ocasião, a equipe do Athletico venceu o RB Bragantino, por 1x0. E assim, faturou o bicampeonato da competição [3]. E assim, a final da Recopa Sul-americana de 2022 será entre equipes brasileiras, pois este torneio é realizado entre as equipes vencedoras da Libertadores e da Sul-americana do ano anterior.

Com isso, é perceptível que nos torneios continentais de clubes, o futebol brasileiro tem se destacado com conquistas, principalmente em Libertadores, onde nas duas últimas edições, as equipes brasileiras tem faturado as conquistas da Libertadores, o que evidencia o bom momento do futebol tupiniquim. 

Na imagem abaixo, as referências do trabalho, onde foram feitas as pesquisas para a realização do trabalho de postagem.




quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Mapa de distribuição geográfica do resultado das eleições presidenciais de 2018 por Unidade da Federação

 Encerrando a série de postagens sobre as eleições presidenciais, estou postando neste blog, os mapas de distribuição geográfica do resultados das eleições presidenciais de 2018, que até o momento, foi o último pleito presidencial.

Antes de começarmos a falar das eleições de 2018, faremos uma contextualização do que ocorreu antes do pleito presidencial e dos desdobramentos que foram se desenhando, após os acontecimentos.

Embora o Brasil já estivesse inserido em um cenário de instabilidade política, o auge da desestabilização do governo Dilma Rousseff, começou ainda em 2014, logo após as eleições presidenciais. No dia 26 de outubro daquele ano, Dilma Rousseff (PT) havia derrotado o então senador mineiro Aécio Neves (PSDB), por uma pequena diferença de votos, o que foi a menor diferença percentual na história das eleições, desde a redemocratização, algo que não havia ocorrido nos pleitos anteriores.

Devido ao resultado, apoiadores de Aécio Neves passaram a contestar a vitória da presidente Dilma e com isso, começaram a endossar a campanha de impeachment da então presidente da república. Ao mesmo tempo, o candidato derrotado Aécio Neves (PSDB) passou a endossar a campanha de impeachment, que havia começado com os seus apoiadores e juntamente com outros nomes da oposição aos governos do PT, passaram a contestar o resultados das eleições de 2014, alegando a eleição foi fraudada e passou a difundir a teoria de que as urnas eletrônicas haviam sido fraudadas e que o pleito não havia tido uma disputa limpa.

Com todos esses ingredientes, a oposição passou a convocar protestos contra o governo Dilma e passou a falar do escândalo de corrupção, que havia sido deflagrado pela Operação Lava-Jato. Ao mesmo tempo, o PSDB entrou com um pedido de autoria, no Superior Tribunal Eleitoral (TSE), para avaliar uma possível adulteração dos dados eleitorais, que poderiam ter contribuído para a vitória de Dilma, além de terem entrado com o processo de cassação da chapa Dilma-Temer, por acusação de que a candidatura teria sido financiada com dinheiro público. Em 2017, o TSE rejeitou, por 4 votos a 3, a cassação da chapa Dilma-Temer, pois a maioria dos ministros que votaram a favor, entenderam que não houve abuso de poder econômico e com isso, tanto Dilma tanto Temer puderam preservar os seus direitos políticos [1]. Já em relação a auditoria da urna eletrônica, o PSDB não apontou evidências de adulteração dos dados eleitorais, e assim, não conseguiram provar que as urnas eletrônicas haviam sido fraudadas. Hoje em dia, alguns membros do partido admitiram que essa história foi levantada para gerar tumulto no ambiente político.

Apesar disso, Dilma Rousseff toma posse, no dia 1º de Janeiro de 2015, e durante discurso proferido no Congresso Nacional, a presidente afirmou que continuaria com combate as desigualdades sociais e que iria intensificar o combate a corrupção [2]. Para corrigir os problemas na parte econômica (que foi uma das áreas que puxava a instabilidade política), a então presidente nomeou o economista Joaquim Levy, para assumir o Ministério da Fazenda. 

No dia 1º de Fevereiro de 2015, a Câmara dos Deputados, elegeu o então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como presidente da Casa, já no primeiro turno. Eduardo Cunha teve 267 votos, contra 136 de Arlindo Chinaglia (PT-SP); de 100 votos de Júlio Delgado (PSB-MG); e de 4 votos de Chico Alencar (PSOL-RJ), além de 2 votos brancos. Cunha prometeu que a Câmara dos Deputados agiria de forma "independente", que em tese, significaria que o Câmara não iria apoiar totalmente o governo federal [3].

Ao longo de 2015, algumas entidades como o Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua e Revoltados Online, passaram a convocar protestos na rua contra o governo Dilma, e as bandeiras foram o combate a corrupção, o impeachment da Dilma, e até mesmo as pautas que são caras ao conservadorismo, como a Escola Sem Partido (projeto que prometia acabar com o suposto posicionamento político dos professores), a intervenção militar etc.

No mesmo ano, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo Tribunal Federal, pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos suspeitos de corrupção na Petrobrás. Boa parte dos envolvidos, eram políticos da base do governo Dilma, principalmente os que pertenciam aos quadros das legendas do Centrão. No dia 15 de abril, o então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, foi preso pela Operação Lava-Jato, acusado de ter recebido propina no esquema de corrupção da Petrobrás. No dia 3 de agosto, o Ex-Ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT), foi preso por suspeita de ter cometido crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

No dia 17 de Junho, o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), fez uma delação premiada, em que acusa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), então presidente da câmara dos deputados, de ter pedido propina de US$ 5 Milhões, para para viabilizar contratos na Petrobrás. Cunha negou as acusações, e afirmou que Delgado estava sendo obrigado a mentir [4]. No dia 20 de agosto, Eduardo Cunha foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), pelo suposto envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobrás

Um mês depois, no dia 17 de julho, Eduardo cunha rompe com o governo Dilma e passa a ser oposição. Cunha acusa o Planalto de ter tramado, em conjunto com a PGR, para incriminá-lo na Operação Lava-Jato [5].

A partir desse momento, as relações entre o Planalto e a Câmara começaram a ficar caóticas e a partir daquele momento, as coisas começaram a se encaminhar para um desfecho mais negativo, entre Dilma e Eduardo Cunha.

No dia 6 de agosto, o governo Dilma registra o maior taxa de rejeição do seu mandato, que foi de 71%. Fatores como as instabilidades política e econômica, e a atuação da Lava-Jato foram fatores que podem ter desencadeado esse alto índice de rejeição. O índice supera os 68% de rejeição do Governo Collor, em 1992.

No dia 7 de outubro, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou ao Congresso Nacional, a reprovação das contas do governo federal em 2014, por suspeita de ter tido a prática das "pedaladas fiscais", onde as irregularidades somaram cerca de R$ 106 bilhões, sendo que R$ 40 bilhões foram em "pedaladas fiscais". O Executivo negou a existência de irregularidades e afirmou que as pedaladas já foram praticadas por outros governos [6].

Cerca de duas semanas depois, membros da oposição, por meio de juristas como Miguel Reale Jr e Hélio Bicudo, entregaram um pedido formal de impeachment de Dilma Rousseff, e foi incluso no relatório, a acusação de que o governo teria adotado as "pedaladas fiscais" [7].

Ao mesmo tempo, no dia 3 de novembro, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, instaurou um processo de investigação contra Eduardo Cunha, por quebra de decoro parlamentar, por ter declarado que não tinha contas bancárias na Suíça. No dia 02 de dezembro, a bancada de deputados federais do PT decide votar pela continuidade do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha. E como retaliação, Cunha autoriza a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

O ano de 2016 começa bastante movimentado na política, principalmente, pelo fato do processo de impeachment ter avançado, como a criação das comissões e a definição do rito de impeachment, por parte do STF. No dia 04 de março de 2016, o Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de coerção coercitiva da Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava-Jato, onde Lula teve que prestar depoimento sobre a relação dele com as empreiteiras que foram denunciadas por corrupção na Petrobrás. O fato gerou protestos, por parte dos apoiadores do PT, principalmente pela forma em que a condução coercitiva havia sido aplicada.

No dia 16 de março, Dilma Rousseff nomeia Lula para assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil. A medida gerou protestos por parte da oposição, que alegou que a nomeação serviria para evitar que o Lula continuasse sendo julgado na primeira instância, pois com a nomeação, o ex-presidente teria o direito ao foro privilegiado, o que faria que o processo fosse transferido ao STF. No dia 17 de março, um juiz de primeira instância concede uma liminar que suspendia a nomeação de Lula. Por fim, no dia 18, o Ministro do STF Gilmar Mendes, em uma decisão monocrática, suspende a nomeação de Lula para o cargo de Ministro-chefe da Casa Civil.

Ainda no dia 16 de março, o então juiz federal Sérgio Moro, divulgou uma série de gravações feitas pela Polícia Federal entre os dias 17/02 e 16/03. Entre esses gravações, estavam os áudios, em que havia um diálogo entre Lula e Dilma, que foram grampeados pelo Moro, que ao mesmo tempo, determinou o fim das escutas telefônicas do ex-presidente. A medida gerou repercussão na imprensa e críticas por parte de aliados do governo Dilma, alegando que o grampo telefônico foi realizado de forma ilegal.

No dia 28 de março, a Organização dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou um novo pedido de impeachment de Dilma Rousseff. No dia seguinte, o PMDB anunciou o rompimento com o governo de Dilma, com isso, o Vice-Presidente Michel Temer passou a fazer parte da oposição ao governo.

No dia 17 de abril de 2016, os deputados se reuniram no plenário, para decidir sobre o prosseguimento do processo de impeachment. Por 367 votos a favor, 137 contra, com 7 abstenções e 2 deputados ausentes, a Câmara federal aprovou o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff [8]. Com isso, o processo foi para o Senado Federal, que no dia 12 de maio, fez a votação para que o processo fosse aberto. Por 55 votos a 22, os senadores decidiram pela abertura do processo de impeachment. Por causa do resultado da votação, Dilma Rousseff foi afastada do cargo de presidente, por 180 dias. Devido a essa situação, Michel Temer (PMDB) assume o mandato, de forma interina [9].

No primeiro ato como presidente em exercício, Michel Temer começou uma reforma ministerial, onde ele procurou acomodar a base aliada, além de partidos que eram da oposição ao governo Dilma, como o PSDB, o Democratas e o PPS. As nomeações geraram polêmica, principalmente, pelo fato de Temer ter nomeado políticos como Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Romero Jucá (Planejamento) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), que estavam sendo investigados por corrupção, além do fato de Temer ter privilegiado homens de maioria branca, não nomeando mulheres e pessoas negras, no primeiro momento.

Ao mesmo tempo, Temer extinguiu algumas pastas, como os ministérios da Cultura, das Comunicações, do Desenvolvimento agrário, etc. Devido a esses e outros atos, o presidente Temer começa a enfrentar criticas por parte da opinião pública e dos aliados de Dilma Rousseff, e por causa disso, os protestos ficaram conhecidos como "Fora Temer". Devido a isso, Temer se tornou um presidente impopular.

No dia 31 de agosto, o Senado Federal se reuniu novamente para decidir se Dilma Rousseff  perderia o mandato. Os senadores decidiram por 61 votos a 20, que Dilma Rousseff iria sofrer o impeachment, por crime de responsabilidade fiscal. Com isso, Dilma perde o mandato de presidente da república e com isso, foi a segunda vez que um (a) presidente perdeu o mandato, por meio desse mecanismo. O primeiro, havia sido Fernando Collor de Mello, em 1992. E assim, Michel Temer assumiu de forma definitiva, a presidência do Brasil, e tomou posse, logo após o processo de votação. Apesar de Dilma ter perdido o mandato, os senadores haviam decido por 42 votos a 36, com 3 abstenções, de que Dilma ficaria inelegível, mas como o número de votos foi abaixo de 54 (quórum mínimo para aprovar a perda dos direitos políticos), Dilma não ficou inelegível, e devido a isso, ela ficou liberada para assumir funções públicas e se candidatar a cargos políticos.

Embora o impeachment tenha sido celebrado por boa parte dos aliados do Temer e pela imprensa, o processo é alvo de controvérsias até hoje, principalmente pelo contexto em que ocorreu a situação. Membros do PT e seus aliados, além do Ex-presidente Lula, alegam que Dilma Rousseff foi alvo de um golpe parlamentar, principalmente pela argumentação de que Dilma não havia cometido crime algum que pudesse justificar o processo de impeachment. Alguns aliados acreditam que Dilma perdeu o mandato, por não ter aceitado as negociações com o Centrão, pois o bloco queria mais cargos nos ministérios, em troca de apoio político, mas Dilma não aceitava dialogar com as legendas que fazem parte do Centrão, por acreditar que a negociação era a abertura para a prática da corrupção.

No dia 12 de setembro, a Câmara se reuniu para votar a cassação de Eduardo Cunha, que já havia deixado a presidência da Casa. Por 450 votos a 10, os deputados decidiram pela cassação de Eduardo Cunha, que perdeu o mandato de deputado federal e ficou inelegível até o ano de 2027. Cunha alegou que foi alvo de "vingança política" [11]. No dia 19 de outubro, Eduardo Cunha foi preso pela Polícia Federal, acusado de ter participado dos escândalos de corrupção na Petrobrás.

Em dezembro de 2016, Senado Federal aprovou  PEC do "Teto de Gastos", que aprovou o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, em relação aos gastos primários. O governo alegou que a medida era necessária, para conter o rombo nas contas públicas. Mas a oposição criticou a medida, alegando que o congelamento dos gastos, poderia comprometer os investimentos em áreas que são essenciais para o crescimento do país, como a educação e a saúde.

Em 2017, estourou um dos primeiros escândalos que abalou o governo Temer. No dia 17 de maio, o jornal O Globo fez uma reportagem, na qual, foi divulgada uma gravação telefônica em que Joesley Batista, um dos donos da frigorifica JBS, teria pago propina para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha, e Temer teria supostamente endossado o suposto pagamento de propina [12]. O escândalo acabou tendo uma forte repercussão na opinião pública e no ambiente político. No dia 26 de junho, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot denunciou Temer por corrupção passiva. Mas em outubro daquele ano, a Câmara rejeitou o processo de indiciamento do então presidente e com isso, salvou o seu mandato.

Em julho do mesmo ano, foi aprovado uma PEC da reforma trabalhista, que alterou a legislação da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT). A medida dividiu opiniões, pois uma parte de economistas e empresários concordaram com a nova lei, principalmente porque facilitaria as relações de trabalho e das obrigações trabalhistas, mas uma parte foi contra, principalmente os sindicalistas e políticos da oposição, por terem apontado que a medida, causaria uma flexibilização nos direitos trabalhistas.

No mesmo mês, em Curitiba, o Ex-presidente Lula foi julgado em primeira instância, no processo que envolvia a compra de um triplex, na cidade de Guarujá-SP. Ao final do julgamento, Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foi a primeira vez que um ex-presidente da república havia sido condenado por um crime comum. Por ter sido uma condenação em primeira instância, Lula recorreu em liberdade [13]. O ex-presidente já tinha sido denunciado por corrupção em casos que envolveram o Instituto Lula e na aquisição de um sítio, no município de Atibaia-SP. 

No dia 24 de janeiro de 2018, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), julgou um recurso da defesa do ex-presidente Lula, pedindo a absolvição do político petista. Por unanimidade, os três desembargadores decidiram por manter a condenação do ex-presidente e elevou a pena para 12 anos e 1 mês de prisão. Com isso, Lula já corria o risco de ter a sua prisão decretada pela justiça, embora houvesse a possibilidade da reversão do julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) [14].

No dia 5 de abril, o juiz federal Sérgio Moro, emitiu o mandado de prisão contra Lula, prevendo o cumprimento da pena, pelo crime de corrupção na aquisição de um triplex, em Guarujá-SP. Isso só foi possível, porque o STF, em decisão no colegiado, negou um pedido de habeas corpus ao Lula. Dois dias depois, o ex-presidente se entrega, e é detido pela Polícia Federal, em São Bernardo do Campo-SP, e de lá, foi transferido para uma carceragem da PF, em Curitiba-PR. Lula passou 580 dias na prisão, ficando na carceragem da PF, até o dia 9 de novembro de 2019, quando a defesa conseguiu um habeas corpus, que determinou a soltura do ex-presidente, baseado na mudança de interpretação no STF, que decidiu, em uma votação no plenário, por derrubar a possibilidade de prisão para condenados em 2ª instância. Em 2021, os processos contra o ex-presidente, foram anulados pelo STF, em decorrência da suspeição de Sérgio Moro, por causa da sua parcialidade nos julgamentos da Operação Lava-Jato.

Com isso, as eleições de 2018 começaram com o seguinte cenário: devido ao contexto político daquele período, o antipetismo começou a ficar forte no cenário da política, além da própria demonização da atividade política, que foi provocada pelo contexto daquele tempo.

Ao mesmo tempo, crescia a onda do conservadorismo no Brasil, pois devido a insatisfação da classe média com a economia, foram surgindo movimentos que passaram a difundir o pensamento do conservadorismo na sociedade. Embora o Brasil tem a suas raízes no conservadorismo, devido ao contexto histórico, o movimento conservador passou a emergir com mais força no cenário político e ao mesmo tempo, passou a abarcar o segmento religioso e as pautas que lhes são caras.

Pautas como a descriminalização do aborto, a agenda feminista, a pauta LGBTQIA+ e as ações antirracismo, passaram a ser bastante questionadas e atacadas pelo segmento religioso e conservador. Eles alegavam que as pautas, como do feminismo e dos LGBTs, causariam a destruição da "família tradicional", que é a composição padrão que a sociedade se habituou a viver. Ao mesmo tempo, houve a propagação de uma narrativa, que divulgava o risco do Brasil se tornar um país comunista, e o discurso era de que, se não tirassem o PT do poder, o país "se tornaria uma Venezuela" (país governado pela esquerda, mas que sofre questionamentos, por suspeitas de aplicar práticas autoritárias).

Com isso, surgiu a figura do então deputado federal Jair Bolsonaro. Defensor da ditadura militar, Bolsonaro passou a prometer que faria a intervenção militar, acenou para a possibilidade de criminalizar a prática do aborto no Brasil, de flexibilizar o acesso a armas de fogo, de defender o fim da CLT e de promover a agenda liberal na economia. Ao mesmo tempo, passou a propagar a ideia de que não tinha envolvimento com a política e que iria revolucionar o segmento político. O que chama atenção, é que Bolsonaro passou 28 anos como deputado federal e cerca de 30 anos na vida pública, ou seja, podemos chegar a conclusão de que o Bolsonaro não tinha os requisitos para fazer uma "nova política".

No dia 22 de maio de 2018, Michel Temer confirmou que não iria se candidatar a um novo mandato, e com isso, se tornou o primeiro presidente da república a não se candidatar a uma reeleição, desde de quando foi aprovada a possibilidade de uma tentativa de um segundo mandato consecutivo, em 1997. 

No fim de 2018, o governo Temer teve um índice de rejeição de 74% e de aprovação de 5%, sendo considerado o governo mais impopular, desde a redemocratização. Fatores como a inflação alta, o índice de desemprego alto e o envolvimento em escândalos de corrupção, arranharam a imagem de Michel Temer.

Com tudo isso, Temer passou a apoiar a pré-candidatura de Henrique Meirelles (MDB), Ex-Ministro da Fazenda de seu governo. No dia 2 de agosto, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), lançou a candidatura de Meirelles a presidência da república, com o ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (MDB), sendo escolhido para ser o candidato a vice-presidente, assim, se configurando uma chapa "puro sangue".

Antes, no dia 20 de julho, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), lançou a candidatura de Ciro Gomes, que se candidatava ao cargo de presidente, pela terceira vez e voltou a concorrer a presidência da república, depois de 16 anos, sendo que a última vez em que havia se candidatado ao cargo, havia sido em 2002. Ciro escolheu a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), como sua candidata a vice-presidência.

No dia 22 de julho, o Partido Social Liberal (PSL), lançou a candidatura do então deputado federal, Jair Bolsonaro, que escolheu o General Hamilton Mourão (PRTB), como o seu candidato a vice-presidente, e com isso, a chapa passou a ser composta por militares, já que Bolsonaro é um capitão da reserva do Exercito.

No dia 4 de agosto, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) lançou a candidatura do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que se candidatava pela segunda vez ao cargo de presidente. A sua candidatura teve o apoio dos partidos do "Centrão", o que deu direito um "tempo de TV" maior, em comparação a outros candidatos. Alckmin escolheu a então senadora Ana Amélia (PP-RS), como sua candidata a vice-presidente.

No mesmo dia, o Partido dos Trabalhadores (PT) lançou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a presidência da república. Seria a sexta vez que Lula se candidataria ao cargo de presidente, sendo que ele poderia tentar um terceiro mandato na presidência do país. A coligação escolheu o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), como o seu candidato a vice-presidente. Porém, no dia 1º de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 6 votos a 1, negou o registro de candidatura de Lula, com a argumentação de que ex-presidente foi barrado pela Lei do Ficha Limpa, por ter sido condenado em segunda instância. Com isso, no dia 11 do mesmo mês, a coligação lançou o nome de Fernando Haddad, como o cabeça de chapa, e escolheu a então deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, Manuela D'ávila (PCdoB), como candidata a vice-presidente.

As eleições presidenciais tiveram 13 candidaturas, sendo a segunda eleição que teve o maior número de candidatos, perdendo somente para as eleições presidenciais de 1989, que teve 22 candidaturas, naquele pleito.

Os principais candidatos foram: Jair Bolsonaro (PSL), então deputado federal pelo estado do Rio do Janeiro e capitão da reserva do Exercito; Fernando Haddad (PT), ex-ministro da educação nos governos Lula e Dilma e ex-prefeito de São Paulo; Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará, ex-deputado federal, ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula, e que voltou a se candidatar ao cargo de presidente, depois 16 anos; Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo por 4 mandatos e que se candidatava pela segunda vez ao cargo de presidente, sendo que a primeira tentativa, havia sido em 2006; Henrique Meirelles (MDB), ex-presidente do Banco Central no governo Lula e ex-ministro da Fazenda no governo Temer; Alvaro Dias (Podemos), Senador pelo estado do Paraná; Marina Silva (Rede Sustentabilidade), ex-senadora pelo estado do Acre, ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula e que se candidatava pela terceira vez consecutiva; Cabo Daciolo (Patriota), então deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, e ex-militar do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ); e Guilherme Boulos (PSOL), líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de São Paulo (MTST-SP).

As eleições começaram com o surgimento de algumas figuras, que começaram a se destacar nos debates. Primeiramente, surgiu a figura do Cabo Daciolo, que veio com um discurso, que procurou atrair o eleitorado protestante, principalmente com falas que citavam o nome de Deus e dos versículos da bíblia, e que abarcava o discurso nacionalista. Essa postura, passou a atrair o eleitorado religioso, que não votaria em Jair Bolsonaro.

Outra figura que surgiu nos debates, foi o líder o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos (PSOL), que passou a criticar os candidatos que tinham apoiado o governo Temer em algumas pautas que o governo ganhou no Congresso, inclusive utilizou a expressão "50 tons de Temer", ao se referir a candidatos que em algum momento, apoiaram os projetos do então presidente Temer.

No dia 6 de setembro, Jair Bolsonaro sofre um atentado, na cidade de Juiz de Fora-MG. Ao ser carregado por apoiadores, Bolsonaro levou uma facada na região do abdômen, sendo levado a um hospital da região. O autor da facada foi preso, por ter cometido a tentativa de homicídio. Bolsonaro fez uma cirurgia de emergência, para estancar a hemorragia e passou a usar uma bolsa de colostomia, para a recuperação da região, que havia sido atingida pela facada. Em 2021, o Jornalista Joaquim de Carvalho, do site Brasil 247, lançou um documentário, que levantou a suspeita de que a facada foi uma espécie de "auto-atentado", para promover a candidatura de Bolsonaro. A versão passou a ser difundida, por membros da oposição ao atual governo.

Com isso, Bolsonaro só compareceu a dois debates, na Band e na Redetv, antes do atentado. Após o ataque sofrido em Juiz de Fora-MG, Bolsonaro não compareceu aos demais debates, por recomendação dos médicos, para preservar a sua saúde.

Com a possibilidade real de vitória do Bolsonaro, movimentos sociais e sindicatos passaram a fazer protestos contra o candidato Bolsonaro. O movimento "Ele não" teve uma forte adesão desses movimentos e entidades, que apontavam um possível retrocesso, em caso de vitória de Jair Bolsonaro.

No primeiro turno, o candidato Bolsonaro (PSL) terminou na frente com 46,03% dos votos; o candidato Fernando Haddad (PT) ficou em segundo lugar com 29,28% dos votos; Ciro Gomes (PDT) ficou em terceiro lugar, com 12,47% dos votos; e Geraldo Alckmin (PSDB), ficou com a quarta colocação, com 4,76% dos votos. Bolsonaro venceu em 16 estados e no Distrito Federal; Haddad venceu em 9 estados e Ciro Gomes venceu apenas no Ceará (algo que havia ocorrido nas duas eleições anteriores que disputou, nos anos de 1998 e 2002). Bolsonaro bateu o recorde de votação em uma disputa de primeiro turno das eleições presidenciais, com cerca de 49 milhões de votos, superando o recorde que pertencia a Dilma Rousseff, que tinha recebido cerca de 47 milhões de votos, em 2010. As imagens abaixo, mostram o mapa de distribuição geográfica do resultado do primeiro turno e a tabela com o resultado da votação.


Com isso, ocorreram algumas surpresas com o resultado eleitoral. A primeira, foi o resultado surpreendente dos candidatos João Amoêdo (Novo) e Cabo Daciolo (Patriota), que ficaram respectivamente, na quinta e sexta posição, superando nomes como Marina Silva (REDE), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos), que tiveram um desempenho abaixo do esperado, principalmente pela bagagem que eles tem na política.

Nessa eleição, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB), teve um desempenho pífio na votação, ficando apenas na quarta colocação. Foi o pior desempenho do PSDB em uma eleição presidencial, desde 1989, e com isso, o partido ficou de fora de uma disputa de segundo turno, pela primeira vez, desde 2002, ano em que havia estreado em disputas de 2º turno. A única vez que o partido havia ficado de fora de um 2º turno, havia sido em 1989, quando o candidato Mario Covas havia ficado na 4ª colocação. O partido havia ganho as eleições de 1994 e 1998, com o Fernando Henrique Cardoso; e chegou ao segundo entre 2002 e 2014, quando os candidatos José Serra (2002 e 2010), Geraldo Alckmin (2006) e Aécio Neves (2014) haviam levado o PSDB a disputas de 2º turno.

Com isso, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) passaram para o segundo turno, e com o resultado da apuração, o PT se tornou o único partido a ter disputado o 2º turno em todas as eleições que chegaram a essa fase, com isso, o partido nunca ficou fora de uma disputa de 2º turno, e nas eleições que tiveram somente o 1º turno, o partido ficou na 2ª colocação, o que mostra que o PT, sempre foi uma legenda que costuma entrar com força nas eleições presidenciais.

Jair Bolsonaro buscou focar na campanha pela internet, principalmente porque o candidato não tinha muitos recursos do fundo partidário, além de poucos segundos de tempo de TV, na propaganda eleitoral. O uso das redes sociais na campanha de Bolsonaro, ajudou a impulsionar a sua candidatura.

Já Fernando Haddad, surpreendeu por ter passado para o segundo turno. Primeiro, pelo fato da sua candidatura ter sido oficializada no dia 11 de setembro, ou seja, já faltava menos de um mês para a votação do 1º turno. E segundo, por ter crescido durante a campanha e por ter tomado a segunda colocação de Ciro Gomes (PDT) nas pesquisas eleitorais.

Essa eleição não teve nenhum debate presidencial, na disputa 2º turno. Foi a primeira vez, na história da redemocratização, que não houveram debates eleitorais em uma disputa de 2º turno. O motivo de não ter tido os debates, foi por decisão de Jair Bolsonaro, que optou por não comparecer aos debates eleitorais, por alegar que não teria condições físicas de participar de um debate, embora clinicamente tivesse sido liberado pelos médicos.

No segundo Turno, Jair Bolsonaro venceu com 55,13%, derrotando Fernando Haddad, que teve 44,87% dos votos. Bolsonaro venceu em 15 estados e no Distrito Federal (vencendo em todos os estados de 3 das 5 regiões do Brasil), enquanto Haddad venceu em 11 Estados (venceu em todos os estados da região Nordeste, e virou no estado do Tocantins, onde havia perdido no primeiro turno). Apesar da derrota, o resultado do Haddad no Nordeste, confirmou uma tendência, que se repete desde 2006, que é o fato do PT ganhar em todos os estados da região, em uma disputa de 2º turno. Nas imagens abaixo, mostram o mapa de distribuição geográfica do resultado do segundo turno e a tabela com o resultado da votação.




Com o resultado, Jair Bolsonaro se tornou o primeiro membro das Forças Armadas, desde o fim da ditadura miliar, a ser eleito presidente do Brasil. A ultima vez que o Brasil teve um militar à frente do cargo de presidente da república, foi o General João Baptista Figueiredo, que governou o país entre 1979 a 1985 sendo o último presidente do período que em ocorreu a ditadura militar, que havia começado em 1964, e teve o seu término, no ano de 1985, período em que houve a redemocratização do Brasil.

Fatores como o discurso da antipolítica, a incorporação das pautas do conservadorismo, o antipetismo e as campanhas nas redes sociais, foram cruciais para que Jair Bolsonaro levasse a eleição contra o Haddad.

Essa eleição foi marcada pela tendência de escolha de candidatos que não tinham experiência na política partidária. Nesse contexto, alguns candidatos, como Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais; Wilson Witzel (PSC), no Rio de Janeiro; Comandante Moisés (PSL), em Santa Catarina, se elegeram governadores nos respectivos estados, que foram citados acima. Algo que é comum a todos eles, foi o fato de terem vindo de carreiras que não eram da política partidária, como é o caso do Zema, que é empresário; do Witzel, que foi juiz federal por 20 anos; e do Comandante Moisés, que é militar do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. E outro fator que podem ter elegido eles, foi o fato desses três candidatos terem declarado apoio ao Bolsonaro, que acabou sendo uma espécie de puxador de votos para as respectivas candidaturas.

Ao mesmo tempo, a eleição causou mudanças na composição da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Na Câmara, houve uma grande renovação, sendo a maior nos últimos 20 anos. Dos 513 deputados, 243 haviam sido eleitos para um primeiro mandato, o que representa cerca de 47% de novos deputados [16]. Já no Senado Federal, dos 54 senadores que foram eleitos, apenas 8 conseguiram se reeleger. Nomes como Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Cristovam Buarque (PPS-DF), Edison Lobão (MDB-MA), Magno Malta (PR-ES), entre outros, são alguns dos exemplos de senadores, que tentaram a reeleição e não tiveram sucesso no pleito [17].

Apesar da vitória de Jair Bolsonaro, a sua candidatura é alvo de quatro processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por suspeita de irregularidades na campanha de 2018. A acusação é de que a chapa Bolsonaro-Mourão teria utilizado as redes sociais, para fazer disparos em massa de fake news [18]. Caso a maioria dos ministros do TSE, votem pela cassação da chapa, a candidatura será cassada, por abuso de poder econômico e por uso indevido dos meios de comunicação, e existe a possibilidade, do Bolsonaro ficar inelegível por 8 anos, que poderia inviabilizar a sua candidatura a reeleição em 2022.

Assim, Bolsonaro assumiu o mandato em 2019, e tem previsão de termino de mandato em 2022, podendo se candidatar a reeleição no próximo ano.

Nos parágrafos abaixo, estão disponíveis os links em que foram feitos as pesquisas das notícias que serviram de fundamentação para os textos e que estão marcados como nota de rodapé e a imagem abaixo, com os demais links em que foram feito as pesquisas.

[1]. https://g1.globo.com/politica/noticia/por-4-votos-a-3-tse-rejeita-cassacao-da-chapa-dilma-temer-na-eleicao-de-2014.ghtml;

[2]. http://g1.globo.com/politica/posse-de-dilma/segundo-mandato/os-discursos-das-posses.html;

[3]. http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/02/eduardo-cunha-e-eleito-presidente-da-camara-dos-deputados.html;

[4]. http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/07/delator-relata-pedido-de-propina-de-cunha-que-o-desafia-provar.html;

[5]. http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/eduardo-cunha-anuncia-rompimento-politico-com-o-governo-dilma.html;

[6]. http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/10/tcu-recomenda-ao-congresso-reprovar-contas-do-governo-de-2014.html;

[7]. http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/10/juristas-e-oposicao-entregam-novo-pedido-de-impeachment-de-dilma.html;

[8]. http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/04/camara-aprova-prosseguimento-do-processo-de-impeachment-no-senado.html;

[9]. https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/05/12/senado-abre-processo-de-impeachment-contra-dilma-rousseff;

[10]. http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/08/senado-aprova-impeachment-dilma-perde-mandato-e-temer-assume.html;

[11]. http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/09/camara-cassa-mandato-de-eduardo-cunha-por-450-votos-10.html;

[12]. https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/05/17/dono-da-jbs-afirma-que-temer-deu-aval-a-compra-de-silencio-de-cunha-diz-o-globo.htm;

[13]. https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/lula-e-condenado-na-lava-jato-no-caso-do-triplex.ghtml;

[14]. https://g1.globo.com/politica/noticia/julgamento-recurso-de-lula-no-trf-4-decisao-desembargadores-da-8-turma.ghtml;

[15]. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/lula-se-entrega-a-pf-para-cumprir-pena-por-corrupcao-e-lavagem-de-dinheiro.ghtml?_ga=2.69960784.1105593569.1615205471-bc9ebea5-270b-d461-0ca2-19043ea315ec;

[16]. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/10/09/camara-dos-deputados-passa-pela-maior-mudanca-dos-ultimos-20-anos.ghtml;

[17]. https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/eleicao-em-numeros/noticia/2018/10/08/3-em-cada-4-senadores-que-tentaram-novo-mandato-perderam-a-eleicao-em-2018.ghtml;

[18]. https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/tse-quer-acesso-a-novas-informacoes-que-podem-resultar-na-cassacao-da-chapa-bolsonaro-mourao/;




sábado, 25 de setembro de 2021

Mapa da distribuição geográfica da imunização da população brasileira contra a Covid-19

 Depois de algum tempo ausente de publicações de trabalhos nas redes sociais e no blog, estou voltando a fazer postagens sobre temas gerais e darei prosseguimento a esse projeto, de falar de temas gerais, usando a área de geoprocessamento.

O assunto que será abordado aqui, será de um tema que tem tomado conta de toda a população mundial e que é tema de vários assuntos e conversas sobre isso. Iremos abordar o assunto da Covid-19 e da vacinação contra o Coronavírus.

O tema é bastante delicado e difícil de ser abordado, principalmente, pelo fato da pandemia ter tido proporções assustadoras e pelo fato do contexto ter revelado outras realidades, que eram ignoradas ou que não eram vistas de forma concreta, como a pobreza e as desigualdades sociais, por exemplo.

Antes de entrarmos no assunto da  vacinação no Brasil, faremos uma breve recapitulação do Coronavírus no Brasil e no mundo.

A Covid-19 é um tipo de Coronavírus encontrado em "em morcegos do gênero Rhinolophus, encontrado na Ásia, África, Oriente Médio e Europa"[1]. Os primeiros casos de Covid-19 no mundo foram registrados, na cidade de Wuhan, na China, que foi o epicentro da Covid-19 no mundo, no mês de dezembro de 2019.

Embora os primeiros casos tivessem sido confirmados em dezembro daquele ano, pesquisadores da Universidade de Kent, no Reino Unido, levantaram a hipótese de que o vírus já se espalhava pela China, em outubro daquele ano, sendo que o Coronavírus já teria se espalhado pelo mundo, no começo de 2020[2].

Devido a isso, começaram a ser disseminadas na internet, especialmente nas redes sociais, algumas fake news sobre o Coronavírus, que consiste em acusações de que a China teria criado o vírus em laboratório e até mesmo, de ser uma arma química. Essas versões foram espalhadas, por grupos alinhados à extrema-direita e ao conservadorismo pelo mundo.

Apesar disso, em março de 2021, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) descartou que a Covid-19 tenha sido criada em laboratório e confirmou que o vírus surgiu de forma natural, tendo os morcegos como hospedeiro, que sofreu mutações, e entrou em contato com o ser humano [1]. Já as agencias de espionagem dos EUA descartaram que o vírus fosse uma arma química, mas não conseguiram descobrir a origem do patógeno. Porém, esse estudo divide opiniões dentro da área de espionagem, principalmente, porque o governo dos EUA acusa a China de não colaborar com a investigação, pois o governo chinês não teria fornecido dados que pudessem comprovar a origem do vírus[3].

Com isso, o vírus começou a se espalhar pelo mundo, começou a provocar diversos casos e óbitos e com isso, o cenário, que era epidêmico, passou a ser pandêmico, pois atingiu vários lugares do mundo.

No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 foi registrado no mês de fevereiro de 2020, e devido a isso, o então ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), Ex-deputado federal por Mato Grosso do Sul, começou a recomendar o distanciamento horizontal, onde as atividades presenciais seriam restritas, com o objetivo de evitar o colapso do sistema de saúde pública. E também foram recomendados o uso de máscara, álcool em gel, testagem em massa e disponibilização de UTIs específicas.

Porem, o Presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido) começou a criticar as ações do Mandetta, argumentando que o distanciamento horizontal, poderia trazer consequências para a geração de empregos e para a economia do país, e ao mesmo tempo, defendia o distanciamento vertical, que só permitiria que idosos e pessoas que tivessem comorbidades, pudessem ficar em casa. Ao mesmo tempo, governadores e prefeitos, começaram a adotar medidas restritivas, como o fechamento do comércio, de templos religiosos, de áreas de lazer etc. Somente as áreas de serviços essenciais, que puderam funcionar normalmente.

Outro ponto de divergência entre Bolsonaro e Mandetta, foi sobre o uso da Cloroquina, pois Bolsonaro e seus apoiadores defendiam o uso do medicamento, para o combate ao Coronavírus. Porém, Mandetta começou a não recomendar o uso do remédio, principalmente, pelo fato do medicamento não ter comprovação cientifica de que poderia eliminar o patógeno.

Devido a isso, Mandetta começa a ganhar muita popularidade e ao mesmo tempo, começou a ofuscar a fama do presidente Bolsonaro, que passou a atacar mais ainda o ministro da saúde e a colocar em xeque o trabalho do chefe da pasta. Ao mesmo tempo, o presidente promovia aglomerações com seus apoiadores em Brasília, desobedecendo as medidas de combate a Covid.

Em 30 de março de 2020, Bolsonaro chamou a Covid-19 de "gripezinha" em um tom de desdém e de deboche com a situação e clamou por um "pacto nacional", pedindo a geração de empregos. Essa declaração gerou reações negativas da opinião pública, ainda mais em um tempo em que a preocupação com a saúde é mais importante do que com a economia, pois um povo que tem acesso a saúde pública de qualidade, ajuda a economia a gerar, mesmo que indiretamente.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro começa a criticar os governadores e os prefeitos por terem adotado as medidas de prevenção da Covid-19, principalmente o distanciamento social, pois ele alegava que as medidas preventivas, prejudicavam a economia e provocava o desemprego na população.

Devido as tamanhas divergências relacionadas ao combate a Covid-19, em 16 de abril de 2020, Bolsonaro exonera Mandetta do cargo de ministro da saúde. Com isso, ele nomeia o médico oncologista Nelson Teich, para suceder o Mandetta na pasta da saúde.

Teich declarou que não faria testagem em massa na população e que inicialmente não haveria uma "definição brusca" sobre o distanciamento. Porém, ele voltaria atrás e afirmou que o distanciamento social, era necessário. Todavia, Nelson Teich ficou no cargo por aproximadamente 1 mês, pois no dia 15 de maio de 2020, pediu demissão do cargo de ministro da saúde, por discordar da orientação do Bolsonaro em recomendar o uso da cloroquina.

Com isso, o militar Eduardo Pazuello (General do Exercito), que era o número 2 da pasta, foi nomeado, de forma interina, ao cargo de ministro da saúde. Pazuello foi efetivado no cargo, no dia 16 de outubro de 2020. A nomeação foi bastante contestada por especialistas, principalmente pelo fato de Pazuello não ter formação na área da saúde. Ao assumir o cargo, Pazuello passou a recomendar o uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves da Covid-19. Essa recomendação gerou controvérsia, pois a OMS havia afirmado que o medicamento não tinha eficácia comprovada para a Covid-19.

Outro ato do governo que gerou controvérsia, foi o atraso da divulgação do número de casos e de óbitos, causados pela Covid-19, pois com o aumento dos dois indicadores, a imprensa começa a aumentar as criticas a atuação do governo no combate a Covid-19. Como resposta, o governo começou a atrasar a divulgação do boletim, para evitar que as informações fossem divulgadas no "horário nobre". 

Devido a essa situação, os veículos de mídia decidiram criar um consócio de imprensa, onde as emissoras passariam a divulgar os dados da Covid-19, obtendo as informações das secretarias estaduais de saúde, com o objetivo de dar a transparência necessária para a população. Essa iniciativa é formada por Jornalistas do G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL.

A gestão do Pazuello foi marcada pelo aumento expressivo do número de contaminados e de mortos por Covid-19, e pela aceleração da taxa de incidência e de mortalidade. Ao mesmo tempo, a pasta não aplicou a testagem em massa na população, que é algo primordial para que haja o controle do vírus. 

Em julho de 2020, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que o Ministério da Saúde havia gasto, somente 29% da verba destinada para o combate a Covid-19. Em novembro de 2020, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) fez um levantamento e constatou que o ministério da saúde não havia utilizado R$ 5,6 bilhões, que haviam sido destinados para o combate a Covid-19, sendo que estava incluso uma verba no valor de R$47,4 milhões, que poderiam ter sido utilizados no combate ao Coronavírus, mas que foram perdidos.

Ao mesmo tempo, na gestão Pazuello, o Ministério da Saúde anunciou uma parceria com a Universidade de Oxford (Inglaterra), para o desenvolvimento e produção da vacina da AstraZeneca no Brasil. O acordo prevê uma transferência de tecnologia e a compra de lotes da vacina. A vacina passou a ser fabricada no Brasil, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e atualmente é um dos imunizantes disponíveis para a aplicação, no nosso país.

Em 20 outubro de 2020, o Ministério da Saúde havia anunciado a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac, que é fabricada pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Porém, no dia seguinte, o presidente Bolsonaro desautorizou  Pazuello a concluir o negócio da compra do imunizante, alegando que não compraria a "vacina da China". Em 27 de maio de 2021, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou na CPI da Covid-19 no Senado, que o instituto apresentou três propostas ao governo federal, para o fornecimento da Coronavac para o Plano Nacional de Imunização (PNI). Porém, o governo ignorou as propostas e só fechou um acordo de compra, em janeiro de 2021, quando o ministério da saúde fechou uma carta de intenção para a aquisição de 100 milhões de doses. Dimas Covas afirmou que se a compra da Coronavac tivesse sido feita em 2020, o Brasil teria sido o primeiro país do mundo a vacinar a sua população.

Outro problema ocorrido na gestão Pazuello, foram as conversas com o laboratório da Pfizer. A farmacêutica norte-americana procurou o governo brasileiro por 34 vezes, para tratar da compra da vacina, por parte do governo federal. Porém, o governo brasileiro começou a dificultar a negociação da compra da vacina, pois a gestão Bolsonaro alegou dificuldades no contrato da farmacêutica norte-americana e das exigências do laboratório, para a aquisição dos imunizantes. Apesar do ocorrido, no fim de 2020, o governo fecha um memorando de entendimento com a Pfizer, que no ano seguinte, culminou na compra de vacinas, por parte do governo.

O governo ainda passou pela crise do oxigênio em Manaus-AM, onde entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, houve um colapso no sistema de saúde, na capital amazonense, onde começou a faltar cilindros de oxigênio nos hospitais da rede pública de Manaus. O governo federal está sendo investigado, por omissão e por não ter tomado a providencia para evitar a crise.

Em 17 de janeiro de 2021, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), liderada pelo Diretor-Presidente Antonio Barra Torres, aprovou por unanimidade, a autorização para o uso emergencial das vacinas CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e da Covishield, produzida pela farmacêutica Serum Institute of India, em parceria com a AstraZeneca/Universidade de Oxford/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)[4], que foram as primeiras vacinas a serem aplicadas na população brasileira.

Devido a problemas na gestão da Covid-19 e pela pressão das legendas do Centrão (que compõem a base do governo federal no Congresso Nacional), por causa da má gestão na pasta, Eduardo Pazuello foi exonerado em 15 de março de 2021, porém, Bolsonaro já havia anunciado a saída de Pazuello anteriormente. Inicialmente, foi cogitada a hipótese da médica cardiologista Ludhmila Hajjar, de poder assumir o cargo no ministério da saúde, porém, a médica não aceitou o convite, pois ela defende medidas de distanciamento social e é contrária ao uso da cloroquina para o combate a Covid -19, o que vai na contramão do pensamento do governo.

Com isso, Bolsonaro se reuniu com o médico cardiologista Marcelo Queiroga, que até então, era presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e apresentou o convite para que ele assumisse a pasta da saúde. Com isso, Queiroga aceitou o convite e assumiu o cargo, na qual é o atual ministro. Com isso, o governo Bolsonaro, teve quatro ministros ao longo da gestão.

Na gestão do Queiroga, houve um avanço na vacinação contra a Covid no Brasil, principalmente, pelo fato do governo ter fechado um acordo de compra das vacinas da Pfizer e da Jassen (ambas no fim da gestão Pazuello), que garantiram no total, 138 milhões de doses de ambas as vacinas (100 milhões da Pfizer e 38 Milhões da Janssen)[5] e a antecipação das doses de ambos os laboratórios.

Atualmente, o Ministério da Saúde aplica as seguintes vacinas: Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; Pfizer/BioNTech; Coronavac/Butantan/Sinovac; e Janssen/Johnson & Johnson. As vacinas da Fiocruz, Pfizer e Coronavac são aplicadas em duas doses e a da Janssen é dose única (que significa que uma única dose traz uma eficácia maior da vacina, diferentemente dos outros três imunizantes, que dependem das duas doses, para obter a eficácia).

Estava prevista também, as vacinas da Covaxin/Bharat Biotech e da Sputnik-V/União Química. Embora ambas tivessem em processo de aprovação de uso por parte da Anvisa e que foram inclusas no Plano Nacional de Imunização (PNI), tanto a Covaxin como a Sputnik-V foram retiradas do programa, pelo ministro da saúde, Marcelo Queiroga.

A Covaxin foi vetada, devido a repercussão negativa da negociação para a compra da vacina, pois a CPI da Covid constatou que houve uma tentativa de fraude na compra do imunizante, principalmente por causa do tipo de trâmite que foi aplicado para a aquisição da vacina, pois o laboratório que produz o imunizante, tinha como intermediário, a Precisa Medicamentos, e devido a forma em que o contrato foi feito, houve irregularidades na montagem dos termos, além da pressão para que servidores técnicos do ministério da saúde liberassem a importação do imunizante de origem indiana. Esse escândalo atingiu em cheio o governo Bolsonaro, pois derrubou a narrativa de que o governo era um exemplo em combate a corrupção e de que não havia corruptos na gestão, e isso, caiu por terra, com a revelação do caso na CPI.

Já vacina da Sputnik-V, que é de origem russa e que está sendo fabricada no Brasil, pela União Química, enfrenta dificuldades no processo de aprovação do uso emergencial, por parte da Anvisa, pois a agência não aprova o uso dela, devido a falta de dados consistentes e confiáveis do Instituto Gamaleya, que fabrica o imunizante na Rússia [6]. Inicialmente a Anvisa aprovou com ressalvas, a importação de 1,1 milhão de doses, enviada ao Consórcio Nordeste [7], que tinha o objetivo de adquirir 37 milhões de doses, para vacinar a população da região Nordeste. Porém, com a retirada da vacina russa pelo PNI, o governo russo suspendeu a importação de 1,1 milhão de doses e com isso, a Sputnik não está sendo aplicada no Brasil.

Falando um pouco da vacina, será feita uma correlação da vacinação com o número de casos e óbitos por Covid-19. Nessa correlação, serão apresentados, os mapas e as tabelas com o número de casos acumulados, taxa de incidência acumulada, óbitos acumulados, taxa de mortalidade acumulada e a imunização da população (quantidade e percentual de vacinados).

Para fazer a análise, serão considerado os seguintes períodos: até 03/04, 05/06, 31/07 e 04/09. Para obter os dados sobre a Covid, os números de infectados e mortos, além das taxas de incidência e mortalidade, os valores foram coletados de boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, que de forma semanal, emite um boletim analisando a situação da pandemia. Já os números da vacinação foram retirados do site do G1, que coleta os dados das secretarias estaduais de saúde e disponibilizam na página do https://especiais.g1.globo.com/bemestar/vacina/2021/mapa-brasil-vacina-covid/ .

Até o dia 03 de abril, o Brasil havia cerca de 12 milhões de pessoas infectadas, com a taxa de incidência de 6117,2. A taxa de incidência é um cálculo do número de casos por 100 mil habitantes. Com isso, a cada 100 mil habitantes, cerca de 6.117 pessoas haviam sido infectadas por Covid no período. Já o numero de mortos era de cerca de 330 mil pessoas, e a taxa de mortalidade era de 155,9, o que significa que a cada 100 mil habitantes, cerca de 155 pessoas haviam morrido, em média, naquele período. Nas imagens abaixo, mapas e tabelas em relação ao número de infectados e da taxa de incidência, no período que irá até o dia 03/04.




Embora o número de casos possa mostrar que o quadro não seja seguro, é a taxa de incidência que mede o parâmetro da situação, pois o indicador trabalha com a proporcionalidade do número de casos em um determinado local. Por esse indicador, vemos que os estados de Roraima, Amapá, Distrito Federal, Santa Catarina e Rondônia eram as unidades da federação com o ponto mais critico. Já os estados do Pará, Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco e Maranhão eram os lugares em que a situação era menos critica nos locais.

Na imagem e tabela abaixo, estarão disponíveis os mapas e a tabela com o número de óbitos e da taxa de mortalidade.





Em relação a taxa de mortalidade, vemos que Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Roraima, são os lugares que apresentaram as maiores taxas de mortalidade. Já Pará, Minas Gerais, Alagoas, Bahia e Maranhão, já apresentavam as menores taxas de mortalidade acumuladas.

Já em relação a vacinação no Brasil, cerca de 39 milhões de pessoas haviam tomado a primeira dose, que representa aproximadamente 9% da população. Já o número de pessoas que tomaram a segunda dose é de cerca de 5 milhões de pessoas, o que representava cerca de 2,5% das pessoas imunizadas. Nas imagens abaixo, os mapas e a tabela com os dados da vacinação.



Até o dia 05 de Junho, o Brasil havia cerca de 16 milhões de pessoas infectadas, com a taxa de incidência de 7984,4. Já o numero de mortos era de cerca de 472 mil pessoas, e a taxa de mortalidade era de 223,1. Nas imagens abaixo, mapas e tabelas em relação ao número de infectados e da taxa de incidência, no período que irá até o dia 05/06.




Por esse indicador, vemos que Roraima, Santa Catarina, Distrito Federal, Amapá e Rondônia continuaram sendo os lugares mais críticos, embora houvesse uma mudança nas posições entre eles. Já os estados do Pará, Alagoas, Pernambuco, Rio de Janeiro, e Maranhão continuaram sendo os lugares menos críticos.

Na imagem e tabela abaixo, estarão disponíveis os mapas e a tabela com o número de óbitos e da taxa de mortalidade.






Em relação a taxa de mortalidade, Rondônia, Mato Grosso, Amazonas, Rio de Janeiro e Distrito Federal, são os lugares que apresentaram as maiores taxas de mortalidade. Já Pará, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Maranhão já apresentavam as menores taxas de mortalidade acumuladas. O que chama atenção é que das cinco menores taxas de mortalidade, quatro são de estados da região Nordeste, o que indica que a ação dos governos locais, podem ter ajudado a controlar a situação nesses lugares.

Já em relação a vacinação no Brasil, cerca de 48 milhões de pessoas haviam tomado a primeira dose, que representa aproximadamente 22,8% da população. Já o número de pessoas que tomaram a segunda dose é de cerca de 22 milhões de pessoas, o que representava cerca de 10,7% das pessoas imunizadas. Nas imagens abaixo, os mapas e a tabela com os dados da vacinação.



Ficou constatado que houve um leve avanço na aplicação da primeira dose, sendo que alguns estados passaram de 20% da aplicação da 1ª dose do imunizante. Já a segunda dose, avançava lentamente nos estados, sendo que boa parte das unidades da federação, estavam abaixo de 10% de pessoas imunizadas.

Até o dia 31 de Julho, o Brasil havia cerca de 19 milhões de pessoas infectadas, com a taxa de incidência de 9.406,1. Já o numero de mortos era de cerca de 556 mil pessoas, e a taxa de mortalidade era de 262,7. Nas imagens abaixo, mapas e tabelas em relação ao número de infectados e da taxa de incidência, no período que irá até o dia 31/07.




Por esse indicador, vemos que Roraima, Santa Catarina, Distrito Federal, Rondônia e Amapá continuaram sendo os lugares mais críticos, sendo que Amapá e Rondônia inverteram as posições. Já os estados do Alagoas, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, e Maranhão continuaram sendo os lugares menos críticos, porém, Alagoas e Pará trocaram de posição.

Na imagem e tabela abaixo, estarão disponíveis os mapas e a tabela com o número de óbitos e da taxa de mortalidade.



Em relação a taxa de mortalidade, Mato Grosso, Rondônia, Rio de Janeiro, Amazonas e Mato Grosso do Sul são os lugares que apresentaram as maiores taxas de mortalidade. O que chamou atenção, foi o fato do Distrito Federal ter deixado de figurar entre as cinco maiores taxas de mortalidade acumulada, mas ainda sim, continuou entre as 10 maiores. Já Pernambuco, Pará, Alagoas, Bahia e Maranhão continuaram apresentando as menores taxas de mortalidade acumuladas. Embora não tenha mudado os estados com os menores índices de taxa de mortalidade, houve uma inversão entre eles, e o que chama atenção, é que dos 10 menores índices de taxa mortalidade acumulada, seis são do Nordeste (Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Maranhão).

Já em relação a vacinação no Brasil, o país ultrapassou a barreira de 100 milhões de pessoas vacinadas, que corresponde a cerca de 47,2% da população que recebeu a 1ª dose do imunizantes. Já o número de pessoas que tomaram a segunda dose é de cerca de 41 milhões de pessoas, o que representava cerca de 19,4% das pessoas imunizadas. Nas imagens abaixo, os mapas e a tabela com os dados da vacinação.




O que ficou constatado, foi o aumento da vacinação contra a Covid-19, principalmente pelo fato das doses da Pfizer e da Janssen terem chegado ao país, no período de abril a junho, além das vacinas da Astrazeneca, que veio por intermédio da Aliança Covax, da OMS. Vários estados passaram de 40% da população que havia recebido a primeira, e estados como Mato Grosso do Sul, passaram de 30% da população que receberam a segunda dose da vacina. O que foi perceptível, é que com o avanço da vacinação, indicadores como a média móvel, ocupação de UTI, taxa de mortalidade e taxa de incidência, começaram a cair, sendo que a partir de julho, a média móvel começa a ficar abaixo de 1000 mortos, algo que não ocorria desde de abril, quando a situação havia começado a se agravar no país.

Até o dia 4 de Setembro, o Brasil havia cerca de 20 milhões de pessoas infectadas, com a taxa de incidência de 9859,4. Já o numero de mortos era de cerca de 583 mil pessoas, e a taxa de mortalidade era de 275,5. Nas imagens abaixo, mapas e tabelas em relação ao número de infectados e da taxa de incidência, no período que irá até o dia 04/09.



Por esse indicador, vemos que Roraima, Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso e Rondônia, nesse período, foram as unidades da federação com os maiores índices de taxa de incidência, sendo que Amapá deixou de figurar entre as cinco maiores taxas de mortalidade, mas ainda está uma posição abaixo de Rondônia. Já os estados do Alagoas, Pará, Rio de Janeiro, Pernambuco e Maranhão continuaram sendo os lugares menos críticos, porém, Rio de Janeiro e Pernambuco trocaram de posição. 

Na imagem e tabela abaixo, estarão disponíveis os mapas e a tabela com o número de óbitos e da taxa de mortalidade.



Em relação a taxa de mortalidade, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal são os lugares que apresentaram as maiores taxas de mortalidade. O que chamou atenção, foi o fato do Distrito Federal ter voltado a figurar entre os cinco maiores índices de mortalidade por Covid-19, além de Roraima e Amazonas caírem de posição nesse indicador, mas uma coisa que ficou perceptível, foi o fato de que o estado do Rio de Janeiro, passou a ficar em segundo lugar na taxa de mortalidade. Já Pernambuco, Pará, Alagoas, Bahia e Maranhão continuaram apresentando as menores taxas de mortalidade acumuladas. Outro detalhe, é que o estado da Paraíba passou a figurar entre as 10 menores taxas de mortalidade, e com isso, se juntou aos outros seis estados da região Nordeste, que estão entre as 10 taxas de mortalidade mais baixa.

O que chamou atenção é que a vacinação diminuiu o ritmo da taxa de mortalidade, pois com a imunização, muito provavelmente houve a redução de casos graves, devido a alta taxa de eficácia das vacinas, o que refletiu na diminuição de ocupação das UTIs nos hospitais. Inclusive um relatório da Fiocruz constatou que boa parte dos estados brasileiros, tiveram a redução da ocupação das UTIs, sendo que boa parte dos lugares deixaram de ter a taxa de ocupação acima de 80%.

Já em relação a vacinação no Brasil, o país vacinou cerca de 134 milhões de pessoas vacinadas, que corresponde a cerca de aproximadamente 63% da população que recebeu a 1ª dose dos imunizantes. Já o número de pessoas que tomaram a segunda dose é de cerca de 66 milhões de pessoas, o que representava cerca de 31,3% das pessoas imunizadas. Nas imagens abaixo, os mapas e a tabela com os dados da vacinação.






O que chamou atenção é que todos os estados do Brasil, já ultrapassaram 40% das pessoas que tomaram a 1ª dose. Já no caso da 2ª dose, somente São Paulo e Mato Grosso do Sul ultrapassaram a marca de 40% da população imunizada. Isso mostra que a vacinação tem avançado bastante, principalmente no quesito da 1ª dose, onde os estados procuraram priorizar a aplicação da primeira dosagem, com o objetivo de aumentar mais a proteção da população.

Até o dia 24 de setembro, o Brasil registou um total de 21 milhões de casos, com a taxa de incidência de 10.148,9 e, com cerca de 593 mil mortos e com a taxa de mortalidade de 282,5 e com cerca de 20 milhões de pessoas recuperadas. Já em relação ao numero de pessoas vacinadas, cerca de 143 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e cerca de 85 milhões de pessoas tomaram a segunda dose/dose única.

E segundo dados disponibilizados pelo site Metrópoles, "desde agosto deste ano, 2.115 cidades não computam novos óbitos provocados pelo Sars-CoV-2. A quantidade representa 38% das cidades do país sem falecimentos causados pela doença há, pelo menos, 52 dias". Isso mostra que o avanço da vacinação tem produzido o resultado esperado e indica que apesar do aumento da média móvel nos últimos dias, há uma tendência de desaceleração.

Todas as vacinas que foram aplicadas até o presente momento, são seguras, foram aprovadas pela Anvisa e tem boas taxas de eficácia contra infecção, internação e óbitos. As vacinas não evitam que a pessoa pegue o vírus, porém diminui as chances de desenvolver o quadro infeccioso. Quando chegar a sua vez, não esqueça de tomar a vacina no posto de saúde da região em que você habita e não escolha a vacina que for tomar, pois todas elas são seguras e que passaram por pesquisas, com a metodologia científica.

Porém, só a vacinação não diminuirá as chances de pegar a Covid. Ainda é necessário adotar as medidas de precaução, como o distanciamento social, o uso de álcool em gel, máscaras e caso você não estiver vivendo o distanciamento social, adotar as medidas de precaução, como a máscara e o álcool em gel.

Quando fazemos a nossa parte e tomamos as precauções necessárias, não estamos só protegendo a nós mesmos, mas também, as pessoas que nós amamos e queremos o bem.

Viva a nossa Saúde!

Nos links e imagem abaixo, estão disponíveis os endereços, de onde foram extraídos as fontes de pesquisa para essa publicação. Desejo uma ótima leitura para todos(as).

[1]. https://www.cnnbrasil.com.br/saude/o-que-ja-se-sabe-sobre-a-origem-da-covid-19/

[2]. https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/06/25/primeiro-caso-de-covid-19-pode-ter-surgido-na-china-em-outubro-de-2019-diz-estudo.ghtml

[3]. https://www.bbc.com/portuguese/geral-58368514

[4]. https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2021/01/anvisa-aprova-por-unanimidade-uso-emergencial-das-vacinas

[5]. https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2021/03/19/governo-assina-com-a-janssen-contrato-que-preve-38-milhoes-de-vacina-no-quarto-trimestre-do-ano.ghtml

[6]. https://www.nexojornal.com.br/expresso/2021/08/06/Por-que-o-uso-da-Sputnik-n%C3%A3o-decolou-no-Brasil-e-no-mundo

[7]. https://www.poder360.com.br/brasil/russia-suspende-envio-de-sputnik-v-ao-brasil/






Mapa de distribuição geográfica das equipes brasileiras vencedoras de Libertadores

Estou postando no blog, os mapas de distribuição geográfica das equipes brasileiras que venceram a Libertadores da América. No último dia 27...